sábado, 21 de agosto de 2010

INFLAMAÇOES:cronicas





CRÔNICAS:
 A inflamação crônica apesar de começar de forma "simples" latente e até mesmo assintomática ela  é sempre precedida pela inflamação aguda, ao contrario da aguda ela dura semanas, meses ou até anos ela se caracteriza  pelos fenômenos proliferativos, com formação de fibrose e também nela se desenvolvem as fases inflamatórias com o intuito de eliminar o agente agressor.Clinicamente, nas inflamações crônicas não de observam os sinais cardinais característicos das reações agudas. Porém, todas as alterações vasculares e exsudativas que originam esses sinais clínicos continuam acontecendo, culminando com o destaque da última fase inflamatória, a fase produtiva-reparativa.

A origem da inflamação crônica ocorre da seguinte forma: 
Infecções persistentes por determinados patógenos que possuem baixa toxicidade e suscitam uma reação imune conhecida como hipersensibilidade tardia,Exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos exógenos ou endógenos,Auto-imunidade sob certas condições, reações imunes são criadas contra os próprios tecidos do indivíduo, levando á doenças auto-imunes. Nessas doenças, os auto-antígenos suscitam uma reação imune autoperpetuadora que resulta em diversas doenças inflamatórias crônicas.


Inflamação crônica ocorre nas seguintes situações:
a-) Infecção persistente por certas bactérias como por exemplo o bacilo da tuberculose 
b-) Exposição prolongada a determinadas substâncias irritantes tais como a sílica 
c-) Reações autoimunes como por exemplo no lupus eritematoso sistêmico

Situações que favorecem a inflamação cronica:

Infecção persistente - Tuberculose, fungos, sífilis, parasitos.

Irritação prolongada - corpo estranho, acúmulos endógenos insolúveis.

Respostas imunes celulares - rejeiçao de enxertos, infecções virais, auto-imunidade.

Respostas inflamatórias -

Causas desconhecidas -  

 





INFLAMAÇÕES:Agudas

 INFLAMAÇÕES


As inflamaçoes são mudanças morfologicas nos tecidos de diferentes formas uma delas é de acordo com a duraçao destas inflamaçoes eles então se classificam em Agudas ou Crônicas.

AGUDAS:

  
Tem curta duração de 1 a 3 semanas.A inflamação aguda é dita imediata por se desenvolver no momento da ação do agente causador da lesão, e inespecífica por ser sempre  a mesma, independentemente da causa que a provoque podendo ser acompanhada de uma manifestação na regiao ou sistemica.Em consequência dos leucócitos e anticorpos os principais componentes de defesa  serem conduzidos na corrente sanguínea, os fenômenos vasculares desempenham um importante papel neste tipo de inflamação.

Causas:

Físicas - Calor atraves das queimaduras, irradiação as radioterapias ou cobaltoterapias,sol(acnes),traumas mecânicos.

Químicas - Ácidos colados na pele,(Hcl),(NaOH).

Vírus - Herpes  Tipo I nos labios,  II nas genitálias, III Zoster-tórax,Condiloma  HPV,         Hepatites virais A,B,C,D,E, Resfriados e gripes, AIDS,Gastroenterites.  
  
Bacterianas - Cocos: Estafilococos(pele, respiratório –abscessos), Estreptococos (pele, respiratório alto),Meningococo  (meninges),Gonococo  (genitais) ,Pneumococo  (pulmões), Helicobacter pylori (gastrites/ulceras).  
 
Bacilos - Tuberculose, Hanseníase(lepra),Difte
 
Fungos - Blastomicose, monilíase (oral,   genital,cutânea nas pregas), cromomicose, esporotricose. 
Protozoários - pneumocistis carinii (AIDS), Chagas (megacolon, mega-esôfago, miocardites).
Vermes e parasitos -  áscaris, strongiloides, hidatidose (fígado), pulmões e outros orgãos         

Reações auto-imunes - (Doenças Autoimunes), Vasculites,Retocolite ulcerativa inespecífica(RCUI),Hepatites, tireoidites, pancreatites,Artrites.

A inflamação aguda é dividida em três partes:

a-) Alterações no fluxo e calibre vascular- Após uma vasoconstrição inconstante e transitória das arteríolas, que dura apenas alguns segundos, ocorre vasodilatação. Esta envolve primeiro as arteríolas e, depois, resulta na abertura de novos leitos capilares na área. Assim, ocorre o aumento do fluxo sanguíneo, que gera o calor e o eritema.

b-) Extravasamento vascular - O aumento da permeabilidade vascular resulta no extravasamento para o interstício do exsudato, sendo esta a marca da inflamação aguda. A perda de proteína plasmática reduz a pressão osmótica do líquido intersticial. Juntamente com a pressão hidrostática elevada devido à vasodilatação, isso leva à um efluxo acentuado de líquido e seu acúmulo no tecido intersticial, denominado de edema.

c-) Emigração dos leucócitos da microcirculação e seu acúmulo no foco da lesão -Os leucócitos englobam agentes ofensivos, destroem bactérias e outros invasores e degradam o tecido necrótico e antígenos estranhos. Também podem prolongar a inflamação e induzir lesão tecidual por liberação de enzimas, mediadores químicos e radicais tóxicos de oxigênio.


                                                                                 

                                                                               :

sábado, 14 de agosto de 2010

Lesão celular:Mecanismos(Patologia)

Lesão celular



Adaptação celular:
Antes de diversos estímulos  a célula  experimenta varias mudanças que lhe servem para se adaptar a situação. Estas mudanças são: 

Atrofia: diminuição do tamanho do órgão por uma deficiente estimulação (é o que ocorre por exemplo com quadriceps quando um paciente está encamado um longo período de tempo).
Hipertrofia: situação contrária na qual é aumentado o tamanho do órgão por sobreestimulação. Deriva de um aumento no tamanho das células que formam o tecido sem aumentar a quantidade destas. A hipertrofia pode ser fisiológica (músculos de um atleta) ou patológica.
Hiperplasia: neste caso sim aumenta a quantidade de células no órgão, fazendo que aumente seu tamanho, também pode ser resultado de um processo fisiológico hormonal (aumento do tamanho das mamas durante a lactancia), fisiológico compensatorio (quando se retira uma seção do fígado) ou de um processo patológico (aumento do endometrio por estimulação hormonal excessiva derivada da existência de um tumor ováriano). 
Metaplasia: mudança de um tecido por outro. É o resultado geralmente de uma agressão, cabe destacar a metaplasia de epitelio respiratorio por outro de tipo malpigiano nas pessoas fumantes. O tecido epitelial muda para adaptar à agressão que supõe a fumaça. 

Mecanismos da lesão celular: Embora nós vivamos em um ambiente sujeito a amplas variações nas suas condições, com extremos de temperatura, umidade do ar, pressão de O2, qualidade do ar, etc., o ambiente interno em que as células estão, sofre pequenas alterações. Isto porque somos dotados de mecanismos de proteção e regulação que por exemplo aquecem o ar frio que inalamos, umedece o ar seco e mantém o fluxo sangüíneo dentro de limites ideais.Pequenas variações, como por exemplo pequenas oscilações da oferta de glicose são toleradas sem prejuízo para as células, que permanecem integras funcional e morfologicamente (homeostase).Em algumas situações, como uma demanda por maior trabalho das fibras musculares, pode ocorrer adaptação celular, neste caso hipertrofia. Estas adaptações podem ocorrer em situações normais como a gravidez (hiperplasia dos ácinos mamários), menopausa (atrofia do endométrio) ou situações anormais, como ocorre na hipertensão arterial, por causa do aumento da resistência vascular periférica e que produz hipertrofia cardíaca. Caso este estímulo nocivo seja mais intenso ou mais prolongado, a capacidade adaptativa da célula é excedida e ocorre lesão celular.  

(a) A resposta celular depende do tipo da agressão, sua duração e sua intensidade.                (b) As conseqüências da agressão à célula dependem do tipo celular, estado e adaptabilidade da célula                                                                                                                                                 (c) As lesões celulares causam alterações bioquímicas e funcionais em um ou mais componentes celulares. 


Mecanismos:
 
(1) - Depleção do ATP
(2) - Lesão mitocondrial
(3) - Influxo de cálcio para o citosol e perda da homeostase do cálcio
(4) - Acúmulo de radicais livres do oxigênio
5 - Defeitos na permeabilidade das membranas

Quando há depleção do ATP (por anóxia, isquemia, envenenamento), a falta de energia produz falha das bombas de sódio e potássio, que são localizadas na membrana celular. Com isto há entrada de Na e água e saída de K, produzindo edema intracelular.
A célula então inicia glicólise anaeróbia, que é menos eficiente, gerando menos energia, produzindo substâncias ácidas (ácido lático, fosfatos inorgânicos) e exaurindo os depósitos celulares de glicogênio. Com isto há queda do pH intracelular.
A falha na bomba de Cálcio faz com que o cálcio comece a se acumular no citosol, ativando enzimas tais como as proteases, ATPases, endonucleases e outras, que causam destruição de componentes importantes da célula (proteínas, ATP, ácidos nucléicos,membranas), podendo levar à morte celular.
O retículo endoplasmático rugoso começa a perder os seus ribossomos, ocorrendo prejuízo ou parada da produção de proteínas (estruturais e funcionais), o que pode culminar na morte da célula.

Lesão mitocondrial
Lesões celulares freqüentemente são acompanhadas por alterações morfológicas das mitocôndrias. As mitocôndrias são lesadas por diversos mecanismos, tais como perda da homeostase do cálcio, cuja concentração aumenta no citosol, stress oxidativo e fragmentação dos fosfolipídios. O aparecimento de poros na membrana mitocondrial pode levar à morte da célula.

Influxo de cálcio para o citosol e perda da homeostase do cálcio
A homeostase do cálcio é indispensável para a manutenção das funções celulares. A falência da bomba de cálcio promove a sua  entrada para a célula e seu acúmulo no citoplasma, além do seu escape das mitocôndrias e  do retículo endoplasmático para o citosol. O cálcio promove a ativação de diversas enzimas. Estas enzimas ativadas promovem a inativação do ATP (ATPases), lise das membranas celulares (fosfolipases), lise das proteínas estruturais e das membranas (proteases) e fragmentação da cromatina (endonucleases).

Acúmulo de radicais livres do oxigênio
Como conseqüência do metabolismo celular normalmente há formação de pequena quantidade de radicais livres, que tem potencial lesivo para as células. Estas possuem mecanismos de defesa que evitam danos por estes radicais livres (vitamina C, catalase, super óxido-dismutases, glutation peroxidase, ferritina, ceruloplasmina). Porém um desequilíbrio neste sistema (aumento da formação e/ou diminuição da inativação) pode levar a lesões celulares. Há diversos mecanismos para formação destes radicais livres: absorção de radiação ionizante, metabolismo de determinadas drogas, geração de óxido nítrico (NO) e outros. As conseqüências desta agressão por radicais livres são diversas, mas as principais são: peroxidação dos lipídios das membranas, oxidação de proteínas e lesões do DNA.

Defeitos na permeabilidade das membranas
A perda da permeabilidade seletiva das membranas celular, mitocondrial, lisossomal, causa uma série de transtornos à célula, permitindo a entrada ou escape de substâncias. Esta lesão pode ser causada por falta de energia (isquemia) ou por lesão direta por toxinas, vírus, substâncias químicas, fragmentos do complemento, etc. Os mecanismos bioquímicos envolvidos são: disfunção mitocondrial, perda de fosfolipídios das membranas, anormalidades no citoesqueleto, radicais livres, subprodutos da fragmentação dos lipídios.

As lesões celulares reversíveis podem levar à i nchação da célula (edema celular) ou ao acúmulo de gordura (esteatose).

O edema intracelular ocorre quando a célula é incapaz de manter o seu equilíbrio iônico, ocorrendo entrada e acúmulo de sódio e água na célula. Ao microscópio ótico nota-se aumento do tamanho da célula, que geralmente torna-se arredondada e com citoplasma pálido, às vezes percebendo-se pequenos vacúolos. O núcleo mantém-se na sua posição normal. Ocorre princialmente nas células tubulares renais e nas células miocárdicas. Macroscopicamente o órgão acha-se com peso e volume aumentados, pálido e túrgido.

A esteatose ocorre por hipóxia, agressão por toxinas ou alterações metabólicas. Neste caso formam-se vacúolos pequenos ou grandes de gordura no citoplasma, que podem deslocar o núcleo para a periferia da célula. Ocorre principalmente nos hepatócitos e células miocárdicas. Macroscopicamente o órgão acha-se com peso e volume aumentados, mole, amarelado.

As lesões celulares irreversíveis levam à morte da célula por um de dois possíveis mecanismos: necrose ou apoptose

Lesão celular: causas( patologia)

                                 Lesão celular                                                                                                               






A célula tem a capacidade de adaptação biológica, quando essa capacidade de adaptação celular é 
excedida  surge então  a lesão celular que podem ser de dois tipos: 

Reversiveis: Ocorre quando a celula que foi "excedida" por esse estimulo nocivo sofre modificações 
funcionais e morfólogicas mas ainda continua viva recuperando se então quando o estimulo é retirado
ou cessa.

Irreversiveis: Logo após cessada a agressão a célula torna-se incapaz de recuperar, causando então a morte da célula essa morte procede-se de duas formas:  

Necrose: Causada por graves  lesões  da célula em condições patológicas, isto é, derivada de alguma situação não fisiológica que produz a morte celular. A necrose caracteriza-se por sua violência, a célula rompe-se ao exterior libertando substâncias que são daninhas para o tecido no que está. As mudanças típicos de uma célula necrótica são: picnoses, cariorexes e cariolises. Dependendo do mecanismo lesional existem vários tipos de necroses:
 

Necroses por coagulação: Causada devido a isquemia do local que gera uma coagulação das proteínas intracelulares, fazendo a inviavel (é o que se produz por exemplo no infarto agudo do miocárdio). A área necrosada é substituída por tecido fibroso 
Necroses por liquefação: neste caso produz-se uma autólise rápida que faz que a area necrosada fique liquida. É típico do sistema nervoso central
Necroses gordura podem ser:
Traumática: não é comum, se produz por um traumatismo que ultrapassa as capacidades de adaptação celular.
Enzimática: Causada quando enzimas digestivas (lipases, proteases, etc.) libertam-se no meio sem controle, ou ativam-se em um lugar não próprio. Isto acontece por exemplo nas pancreatites, onde o "estancamento" produzido pela obstrução do conduto de Wirsung faz com que as enzimas digestivas pancreáticas se ativem dentro dele.
Necroses caseificante: é a necrose produzida tipicamente na tuberculose. 

Apoptoses: morte celular programada. Neste caso uma série de acontecimentos fisiológicos ou patológicos geram umas mudanças bioquímicos na célula e esta "decide" sua própria morte, de uma forma ordenada, disgregándose em pequenas vesículas que serão fagocitadas pelos macrófagos e sem maior repercussão para o tecido em questão(uma especie de suicidio).  

Causas da lesão celular:

  (a) anóxia(afeta a respiração aeróbia e a capacidade de gerar ATP) - Falta de oxigênio,asfixia, altitudes extremas
  (b) Agentes físicos - trauma mecânico, queimaduras, radiação solar, choque elétrico,calor,frio.
  (c) Agentes químicos e drogas - álcool, medicamentos, poluentes ambientais, venenos, drogas ilícitas.
  (d) Reações imunológicas - doenças auto-imunes, reações anafiláticas.
  (e) Agentes infecciosos - vírus, bactérias, fungos. 
  (f) Isquemia(perda do suprimento sanguíneo) - intupimento das artérias.
  (g) Problemas genéticos - anemia falciforme.
  (h) Alterações nutricionais - obesidade, desnutrição.